O Fundo Monetário Internacional disse nesta quarta-feira que a Irlanda continua sofrendo o contágio da crise fiscal europeia e precisa de mais “flexibilidade” do fundo de resgate da zona do euro para que o país logo retorne aos mercados.
Numa revisão do programa de socorro da Irlanda, o FMI disse em relatório publicado hoje que o governo irlandês está se esforçando para reconquistar a aprovação do mercado e implementando os termos de seu programa de austeridade fiscal.
Os esforços da Irlanda, no entanto, são “sobrepujados” por contínuos receios de que o país acabará sendo “arrastado” por uma futura reestruturação da dívida da Grécia, disse o Fundo.
E embora a perspectiva da dívida irlandesa tenha melhorado desde que os líderes europeus concordaram em reduzir o custo de seus pacotes de ajuda, em julho, a Irlanda deveria receber auxílio adicional do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, afirmou o FMI.
Uma grave crise bancária forçou a Irlanda a recorrer ao FMI e à União Europeia no ano passado. Em troca de um pacote de ajuda no valor de ? 67,5 bilhões, liberado em novembro de 2010, o país concordou em recapitalizar seu bancos falidos e adotar medidas de austeridade.
Desde então, um novo governo de coalizão assumiu o comando na Irlanda. Liderado pelo primeiro ministro Enda Kenny, o governo se comprometeu a cumprir uma série de metas com o objetivo de reduzir o déficit fiscal do país para menos de 3% do PIB em 2015. As informações são da Dow Jones.