O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo Rato, pediu aos países envolvidos nas negociações para liberalização do comércio mundial no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) que realizem ?esforços importantes? para que as negociações sejam bem-sucedidas. O êxito da iniciativa ?exige esforços importantes dos EUA, da União Européia e do Japão, mas também dos países em desenvolvimento?, disse Rato, ontem.

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A liberalização comercial ?seria muito importante para a capacidade da economia mundial de crescer mais e com maior benefício para os países pobres?, acrescentou.

Em dezembro deve acontecer, em Hong Kong, uma reunião ministerial dos países membros da OMC, em que se tentará concluir as negociações da Rodada Doha, lançada em 2001.

A Rodada Doha recebeu esse nome por ter sido lançada na cidade de Doha (capital do Qatar). Deveria ter sido concluída em dezembro de 2004, mas estagnou desde 2003, após o fracasso da reunião ocorrida em Cancún (leste do México), em setembro daquele ano.

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Rato reconheceu que um ?acordo equilibrado? na questão de subsídios e tarifas agrícolas ?abriria as portas para um acordo definitivo em outras áreas?, como os setores de serviços e compras governamentais – os que mais interessam aos países desenvolvidos. O diretor do Fundo alerta, no entanto, para o fato de que ?a oportunidade pode não ser aproveitada se os governos não enfrentarem seus grupos de interesse?.

Rato se refere à forte resistência que a França vem impondo aos avanços das negociações. O governo francês vem ameaçando comprometer as negociações ao questionar a autoridade do comissário da UE para o Comércio, Peter Mandelson, para apresentar propostas envolvendo o setor agrícola.

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