O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, disse hoje que as nações europeias precisam ser “compreensivas” com os países da região que estão enfrentando problemas. Para ele, embora o programa para a consolidação da economia da Grécia esteja em uma encruzilhada, por conta de uma série de medidas estruturais que ainda precisam ser implementadas nos próximos meses, a Grécia já fez progressos em uma série de áreas importantes.
O diretor do FMI alertou ainda para a necessidade urgente de a Grécia adotar “abertura de serviços, comércio e profissões, empreendimentos estatais modernos e a melhoria no clima para negócios e investimentos”. Em maio, o FMI e a União Europeia (UE) forneceram uma ajuda no valor de 110 bilhões de euros para que a Grécia evitasse o colapso em sua economia. Em troca, o país terá que adotar medidas de austeridade sem precedentes e reformas estruturais profundas. O diretor do FMI afirmou que a Grécia vai conseguir fazer as reformas necessárias e que os investidores vão voltar a confiar no país. “Estou otimista, a Grécia vai conseguir”, disse Strauss-Khan.
O diretor do FMI afirmou que os problemas da Grécia e da Irlanda são diferentes, embora os dois países tenham pedido ajuda, e que os programas econômicos para ajustar a economia de ambos precisam ser desenhados para circunstâncias específicas. O principal executivo do FMI descreveu a situação da Europa como “séria” e salientou a necessidade de compreensão dos europeus para crise.
Strauss-Khan também criticou indiretamente a posição da Alemanha em relação aos países com problemas na zona do euro e se opôs à proposta de emissão de títulos conjuntos para a região. “A situação da Europa é séria, mas não significa uma ameaça ao euro. O sistema da região e as instituições precisam ser fortalecidas para lidarem melhor com crises. Estou confiante que isso acontecerá”, concluiu o executivo. A zona do euro reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda. As informações são da Dow Jones.