FMI não vê necessidade de socorrer Dubai

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira que não espera ter de conceder ajuda de emergência para Dubai enfrentar a crise de dívida de seu maior conglomerado, o Dubai World. “Nós não esperamos que haja necessidade de qualquer tipo de suporte financeiro do FMI”, disse o diretor do departamento de Oriente Médio e Ásia Central do Fundo, Masood Ahmed.

Ahmed afirmou que os Emirados Árabes Unidos como um todo têm recursos suficientes para “facilmente” lidar com as questões que foram levantadas com o pedido de paralisação dos pagamentos da dívida do Dubai World. Destacando que a situação ainda está em andamento, Ahmed afirmou que os anúncios recentes da região ajudaram a reduzir a incerteza que tomou conta dos mercados financeiros na semana passada. Na última segunda-feira, por exemplo, o conglomerado disse que US$ 26 bilhões de sua dívida estimada em US$ 60 bilhões serão afetados pela interrupção dos pagamentos. Ahmed afirmou que o engajamento dos credores e dos investidores será fundamental para a resolução do problema.

Ahmed disse também que um “impacto óbvio” da crise seria o de colocar um freio na atividade econômica de Dubai, tendo em vista a dimensão significativa do mercado imobiliário na economia do emirado. De modo geral, segundo ele, a economia dos Emirados Árabes poderá experimentar um crescimento mais lento do que o esperado. O FMI acredita que o PIB do país não relacionado ao petróleo, que ele considera uma medida melhor da atividade econômica, crescerá a um ritmo de 3% no ano que vem depois do aumento esperado de zero a 1% este ano. Com a crise de Dubai, o FMI prevê agora que o PIB não relacionado ao petróleo aumentará “significativamente menos” do que 3% em 2010, mas provavelmente terá um desempenho melhor do que o projetado para este ano.

Dubai representa 40% da economia dos Emirados Árabes Unidos. De 2005 a 2008, o PIB dos Emirados excetuando petróleo expandiu-se 9%.

Sobre o possível efeito de contágio da crise de Dubai, Ahmed disse que os mercados parecem estar se estabilizando, e que o impacto financeiro direto sobre os bancos internacionais parece estar contido. As informações são da Dow Jones.

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