FMI insiste na criação de imposto para bancos

Economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) insistem na criação de um imposto sobre as instituições financeiras, para compensar o custo fiscal das crises e livrar a maioria dos contribuintes desse encargo. Centenas de bilhões de dólares saíram dos bolsos dos cidadãos, nos últimos três anos, para socorrer bancos em dificuldades e limitar a quebradeira. Esse imposto, chamado de “contribuição para a estabilidade financeira”, foi proposto oficialmente há um ano aos ministros de Finanças do G-20 – grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo -, mas não houve acordo. No caso do Brasil, esse tributo seria um custo injustificável, disse na ocasião o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A nova contribuição serviria tanto para custear planos de recuperação quanto para facilitar a liquidação ou a reforma de bancos e outras entidades financeiras em dificuldades. Jogaria o custo da insolvência para os acionistas e para os credores, em vez de reparti-lo entre todos os pagadores de impostos. Além disso, essa política deveria ser parte de um esquema de cooperação internacional de prevenção e de tratamento de crises.

A ideia do imposto foi reapresentada em um trabalho assinado pelo diretor do Departamento de Mercados Monetário e de Capitais do FMI, José Viñals, e por mais cinco economistas da instituição. O texto foi apresentado como “posição do staff” – isto é, do quadro técnico – e não como opinião da instituição ou de sua administração. Esse é um cuidado estritamente político e o texto propõe linhas de ação para reforçar a reforma financeira esboçada pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo