FMI: economia japonesa mostra sinais de recuperação

A economia do Japão está mostrando sinais de recuperação após o terremoto e o tsunami que atingiram o país em março, afirmou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) em sua avaliação econômica anual. Segundo o FMI, a economia japonesa provavelmente vai mostrar uma contração de 0,7% em 2011 em razão dos prejuízos registrados no primeiro semestre, especialmente no setor de manufatura. No entanto, o crescimento deverá se recuperar para 2,9% em 2012, estimou o fundo.

“Depois de uma forte contração no primeiro semestre deste ano, as condições de abastecimento deverão se normalizar neste verão (no hemisfério norte) e os gastos com a reconstrução deverão se acelerar firmemente”, afirmou o FMI. À medida que as exportações ganharem força, deverão provocar aumento na demanda doméstica e alimentar a recuperação nos próximos anos, segundo a instituição.

No entanto, o FMI alertou que as incertezas com relação à perspectiva para o país está “incomumente grande”. Em particular, ainda há possíveis atrasos na restauração da energia, incluindo a gerada pelas usinas nucleares afetadas pela catástrofe, e potencial para uma demanda fraca prolongada.

Dados os riscos para a economia, as autoridades deveriam manter as medidas de estímulo de curto prazo, afirma o FMI. Os diretores da instituição apoiam “um orçamento suplementar de tamanho considerável e bem direcionado que dependa principalmente de novas medidas fiscais, em razão do espaço limitado para mais cortes de gastos e da necessidade de limitar as emissões de bônus do governo”. O FMI recomendou um aumento no imposto sobre consumo para entre 7% e 8% em 2012, de 5% atualmente.

Além disso, se surgirem pressões inflacionárias, o FMI acredita que o Banco do Japão deveria considerar a expansão de seu programa de compra de ativos por meio da ampliação das compras de títulos públicos de longo prazo e ativos privados. O FMI afirmou ainda que o iene parece estar com um valor justo, com base nos fundamentos do mercado. O Japão também deveria começar a solucionar sua enorme dívida pública, que poderá atingir 237% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. As informações são da Dow Jones.

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