O Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão que estabelece as estratégias do Fundo Monetário Internacional (FMI) e composto por ministros e banqueiros centrais de 24 países, afirmou em documento que o Fundo está pronto para, rapidamente e por meio do uso de procedimentos de emergência, deixar recursos “substanciais” disponíveis para ajudar os países membros a cobrirem as necessidades de financiamento.
Os ministros e os banqueiros centrais manifestaram que “apóiam fortemente” o papel crítico do FMI em dar assistência aos países afetados pela turbulência. “Iremos acelerar a implementação total das recomendações do Fórum de Estabilidade Financeira (FSF, na sigla em inglês) e estamos comprometidos com a necessidade urgente de reforma do sistema financeiro”. No documento, os representantes do Fundo dizem que vão fortalecer a cooperação e o trabalho com outros para cumprir o plano.
Sobre o G-7, os ministros afirmaram que o plano de ação apresentado ontem (sexta-feira) deveria ser adotado de forma que proteja o contribuinte e evite efeitos potencialmente prejudiciais sobre outros países. Os ministros das finanças e banqueiros reconhecem no comunicado que a profundidade e natureza sistêmica da crise exigem “vigilância excepcional, coordenação e prontidão”.
O IMFC cita que “diversas” economias emergentes podem experimentar contágio derivado da crise financeira. O ambiente financeiro global “difícil” soma-se aos desafios enfrentados pelos emergentes, com elevados preços de alimentos e combustíveis, para preservar a estabilidade macroeconômica e sustentar crescimento. “Por esta razão, tornam-se críticas ações coordenadas entre economias emergentes e avançadas.”
O comitê solicita que o FMI se engaje em cooperação com o G-20, o FSF e outros para lidar com a situação atual. Nas economias avançadas, diz o IMFC, as políticas precisam fornecer estímulo essencial em face do risco de um “declínio econômico pronunciado”. Para diversos emergentes, o comitê avisa que o risco de desaceleração significativa está se tornando preocupação central. O comitê recomenda que o FMI esteja preparado para dar assistência aos membros para que se preparem de forma efetiva para aliviar os impactos de contágios negativos derivados da crise financeira. (Nalu Fernandes)