O FMI (Fundo Monetário Internacional) está satisfeito com a condução da política monetária brasileira e reconhece que a economia está crescendo. “Estamos satisfeitos com o fato de o Banco Central continuar seguindo uma política monetária apropriadamente prudente”, disse Charles Collyns, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental da instituição e chefe da missão que está no Brasil para a quarta revisão do acordo do Brasil com o Fundo.
Os integrantes da missão se encontraram ontem com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e diretores do banco. Segundo Collyns, eles discutiram a evolução da economia brasileira e a condução da política monetária.
O acordo de US$ 14 bilhões, fechado em dezembro do ano passado e que termina em março do próximo ano, é uma renovação daquele que o FMI fez com o País no período de transição entre os governos FHC e Lula, no final de 2002. Se for considerada essa data, essa é a nona revisão.
Se aprovada, o Brasil terá direito a uma parcela de US$ 1,4 bilhão. No entanto, o governo não é obrigado a sacar esse dinheiro e já optou por essa alternativa outras vezes, por considerar o empréstimo de caráter preventivo.
A próxima revisão ocorre no início do ano que vem.
Prudência
No mês passado, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) decidiu elevar de 16,25% para 16,75% a taxa básica de juros da economia, a Selic. Segundo a ata da reunião, divulgada na semana passada, a elevação foi necessária para “promover a convergência da inflação para a trajetória de metas”.
Foi a segunda alta consecutiva. Na reunião de setembro, a Selic foi elevada de 16% para 16,25%.
A meta de inflação para este ano, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), é de 5,5% e para 2005, de 4,5%. Em ambos os casos, a margem de tolerância é de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.