FMI condiciona participação em resgate da Grécia a reformas estruturais

Um funcionário do alto escalão do Fundo Monetário Internacional (FMI) esfriou as expectativas de autoridades europeias de que o órgão apoiaria um novo plano de resgate à Grécia e deixou aberta a possibilidade de um financiamento de emergência sem novos empréstimos do Fundo.

“Para o FMI financiar o programa, será necessária a elaboração de políticas confiáveis e também uma redução substancial da dívida”, disse o porta-voz Gerry Rice. Tais medidas incluiriam revisões mais profundas nas aposentadorias, algo que a Grécia não quer fazer, e um compromisso concreto de reestruturar a dívida.

“Reformas e financiamentos plausíveis, incluindo o alívio da dívida, são essenciais”, segundo Rice. “Indo além da Grécia, isso garante tratamento uniforme entre nossos países-membro, o que é muito importante para o FMI”.

Apesar de Rice dizer que não sabe de nenhuma discussão específica para a Europa assumir a dívida grega, ele abriu a porta para uma proposta que alguns líderes europeus estão cogitando há algum tempo.

“Em termos gerais, partindo de uma perspectiva de sustentabilidade da dívida, faria sentido aumentar ainda mais a concessão de financiamento oficial à Grécia trocando dívidas caras por dívidas mais baratas”, disse Rice. “Mas, ultimamente, quaisquer decisões nessa linha dependente dos membros da zona do euro e da Grécia”.

Numa indicação das suas expectativas para a reunião do Eurogrupo que discutirá a dívida grega no dia 24 de maio, Rice disse que Poul Thomsen, chefe europeu do FMI e arquiteto do plano de resgate da Grécia, vai representar o fundo na sessão, no lugar da diretora Christine Lagarde. Geralmente o FMI só envia Lagarde às reuniões do Eurogrupo onde espera-se que grandes decisões sejam tomadas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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