FMI: China deve subir juro para conter preços de imóveis

A China terá que elevar sua taxa de juros real (descontada a inflação) e introduzir um amplo imposto sobre o setor imobiliário para combater a alta nos preços dos imóveis residenciais em grandes cidades, segundo pesquisadores do Fundo Monetário Internacional (FMI). O estudo do FMI informa que, no primeiro semestre deste ano, os preços das moradias na China não estavam “significativamente sobrevalorizados”. “Mas o segmento popular em algumas poucas grandes cidades, como Xangai e Shenzhen, e o segmento de luxo, em Pequim e Nanjing, parecem estar cada vez mais desligados dos fundamentos”.

As medidas adotadas pelo governo em abril para desaquecer os preços parecem ter tido algum efeito, mas não está claro se o impacto será duradouro, diz o estudo publicado no site do FMI. “Mas tais medidas, no melhor dos casos, tratam apenas os sintomas da inflação no setor imobiliário residencial e não as causas estruturais”, diz o relatório. “Para fazer isso, será preciso um aumento na taxa de juros real, um custo maior para proprietários de moradias (como, por exemplo, com a introdução de um amplo imposto sobre propriedades), e, no caso da China, um desenvolvimento dos mercados financeiros para que hajam outras alternativas de investimento além do setor imobiliário”.

Os preços dos imóveis na China subiram no começo do ano, avançando ao nível recorde de 12,8% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Isso levou o governo a implementar uma série de medidas para desaquecer o mercado, incluindo a exigência de entradas maiores para quem vai comprar um imóvel pela primeira vez e a suspensão de hipotecas para uma terceira casa. Governos locais também impuseram seus próprios limites sobre a aquisição de moradias.

Em outubro, os preços dos imóveis na China registraram um aumento mensal de 0,2%, ante uma elevação de 0,5% em setembro. Na comparação com outubro do ano passado, o avanço nos preços foi de 8,6%, marcando o sexto mês de desaceleração no aumento anual dos preços. As informações são da Dow Jones.

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