O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que países com espaço fiscal precisarão adiar planos de redução de seus orçamentos em consequência da frágil e irregular recuperação econômica, exacerbada pela crise de dívida soberana europeia. O comentário foi feito durante a abertura das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial.

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Muitas nações planejam cortes de seus orçamentos, aumento de impostos e reformas estruturais para fazer frente a uma montanhosa e insustentável dívida pública. A ansiedade do mercado em relação à solidez dos esforços de consolidação e de seu impacto no crescimento, e subsequentemente nas receitas dos Estados, puxaram o rendimento dos bônus de muitos países para níveis recorde de alta.

Ele também comentou sobre o enfraquecimento no ambiente político relacionado a esforços direcionados à recuperação. A coordenação, o consenso e o desejo de trabalhar que se seguiram à crise estão diminuindo, afirmou.

Strauss-Kahn criticou o ritmo lento de reestruturação da indústria financeira e as potenciais divergências entre os países. Ele destacou falta de progressos nas reformas voltadas para a supervisão. “Precisamos de uma grande melhora na supervisão global”, disse, considerando que brechas no sistema desenvolvidas em partes diferentes do mundo são “as sementes da próxima crise”. As informações são da Dow Jones.

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