O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu ativar nesta quinta-feira (9) o “procedimento de emergência” de acesso rápido para países emergentes que começaram a enfrentar problemas nas linhas de crédito. O diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que o procedimento emergencial para acesso de recursos deve entrar em ação em, no máximo, duas semanas, depois de requisitado por um país. As linhas que foram ativadas também poderão ser acessadas por economias avançadas, se necessário.
O diretor afirmou que o FMI tem os recursos disponíveis para uso imediato, pois o Fundo “não emprestou muito nos últimos cinco ou seis anos”. “Nossos recursos estão disponíveis.”
O executivo disse ainda que o procedimento de emergência foi desenvolvido inicialmente em 1994/95 e permite ao Conselho Diretor do FMI agir muito mais rapidamente do que no esquema tradicional.
No anúncio de ativação do procedimento de emergência, Strauss-Kahn destacou a necessidade dos emergentes diante do fechamento das linhas de crédito no mercado internacional por causa da crise financeira. O executivo observou que o procedimento de emergência permite liberação de pagamento adiantado e também acessos a linhas que obedecem condicionalidades, que, às vezes exigem uma medida anterior. Isto significa que o Fundo, antes de liberar os recursos, teria de discutir as condições com o país, ou procedimentos macroeconômicos que precisariam ser seguidos, ou, então, teria de definir o programa antes de agir.
Este processo, acrescentou Strauss-Kahn, tem de ser feito “muito rapidamente”. Segundo ele, deve ser realizado “no máximo, em duas semanas”.
O diretor-gerente garantiu que o Fundo tem os recursos disponíveis para serem usados em um período de um ano. Se for necessário, o FMI pode ter mais recursos pelo “Novo Acordo de Financiamento”. O diretor-gerente disse que, no momento atual, não é necessário elevar o nível de recursos do Fundo. “Temos os recursos para dar suporte à necessidade dos nossos membros.”