O Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI) informou hoje, ao final do seu vigésimo encontro, que apoia o aumento do poder de voto dos países emergentes na instituição.
Segundo o comunicado, a instituição também é favorável a que, pelo menos, 5% do poder de voto dos países com ampla representação passe para os países sub-representados.
Segundo o FMI, essa reforma será discutida no próximo encontro da organização, marcado para 24 de abril de 2010 em Washington, e deverá ser completa até janeiro de 2011. O IMFC também se comprometeu a manter as políticas de estímulo econômico até que a economia mundial esteja recuperada.
Youssef Boutros-Ghalis, dirigente do comitê de governança do FMI, assinalou que grandes ideias levam tempo para maturar. “A primeira conferência de Bretton Woods levou três anos” ele disse, aludindo às conversações que levaram à criação do FMI e da sua organização irmã, o Banco Mundial, após a Segunda Guerra Mundial.
“A reforma das cotas é crucial para aperfeiçoar a legitimidade e a eficiência do FMI. Nós enfatizamos que o FMI é e deve continuar a ser uma instituição baseada em cotas. Nós reconhecemos que a distribuição de participações de cotas deve refletir o peso relativo dos membros do Fundo na economia mundial, que mudaram substancialmente em vista do forte crescimento no dinâmico mercado emergente e dos países em desenvolvimento. Neste contexto, apoiamos um aumento na participação de cotas para os dinâmicos mercados emergentes e países em desenvolvimento de pelo menos cinco por cento, dos países muito representados para os sub-representados, a partir da atual fórmula corrente de cotas como a base de partida do trabalho”, diz o trecho do comunicado do encontro.
O FMI também disse que está comprometido em “manter apoio fiscal e monetário e políticas financeiras até que a recuperação da economia mundial esteja assegurada.
A instituição também se disse pronta a agir “para reviver o crédito, recuperar empregos perdidos e reverter retrocessos na redução da pobreza”. As informações são da Dow Jones.