Os mercados emergentes que se recuperaram mais rapidamente da crise econômica têm um novo desafio: conter a inflação sem atrair muito capital externo. Em relatório, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para potenciais excessos quando a necessidade de elevar as taxas de juros puder alimentar o fluxo de capital vindo das economias avançadas. “À luz de tais excessos, esses países poderão ter de ajustar seu mix político e/ou considerar controles de capital baseados em preços e medidas preventivas, onde apropriado, para limitar o aumento dos fluxos de capital”, afirmou o FMI.

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O relatório do FMI examina o desempenho de 57 economias emergentes durante a recente crise global e afirma que aquelas com as menores vulnerabilidades na crise – que, por isso, foram capazes de fornecer mais estímulos – estão se recuperando mais rapidamente. “A principal mensagem desse relatório é a de que os mercados se diferenciam entre as economias emergentes e de que um progresso antecipado foi obtido.”

Segundo o FMI, os índices de ações das economias emergentes mais fortes caíram apenas 15% desde o início da crise global, em 2007, em comparação com o declínio de 30% em outros mercados emergentes. Além disso, mesmo durante o pior momento da crise, no primeiro trimestre de 2009, essas economias emergentes mais fortes não tiveram queda na produção.

“A recuperação da crise foi mais rápida nos mercados emergentes que deram um maior estímulo fiscal, tinham fundamentos anteriores à crise mais fortes e tiveram parceiros comerciais com crescimento mais rápido”, disse o FMI. O relatório também cita os benefícios de reservas internacionais mais altas, que protegeram os países dos receios globais de default (calote) e permitiram que eles pagassem dívidas externas. No entanto, o FMI acrescentou que a vantagem das reservas é “pouco perceptível” em níveis muito altos.

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Além disso, países com moedas flexíveis podem permitir que a taxa de câmbio suporte parte dos ajustes. Em média, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3% nos mercados emergentes durante os três últimos trimestres de 2009. A recuperação foi mais forte na Ásia e mais fraca na Europa emergente. As informações são da Dow Jones.