Fluxo de veículos pesados em estradas cai 8% em outubro ante outubro/14, diz ABCR

O fluxo total de veículos nas estradas pedagiadas cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, com ajuste sazonal. Nas mesmas bases de comparação o fluxo de veículos leves avançou 1,1% e o dos pesados recuou 0,1%. As informações são da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada.

Na comparação de outubro com o mesmo mês no ano passado, o fluxo total de veículos pelas estradas pedagiadas recuou 1,4%. A movimentação dos leves avançou 1% e a dos pesados caiu 8%.

“Estamos vendo uma dinâmica parecida nos últimos meses: uma queda mais acentuada do fluxo de veículos pesados e o desaquecimento mais lento no movimento de veículos leves. Essa trajetória coincide com a forte contração da atividade industrial, restringindo os deslocamentos de pesados, e o enfraquecimento da massa salarial com efeitos sobre o fluxo de leves”, analisou o economista da Tendências Consultoria Rafael Bacciotti.

“Vale notar que o fluxo de veículos pesados está alinhado com os demais indicadores antecedentes da economia, como é o caso dos dados da Anfavea, entidade que, no acumulado do ano, já registra queda de 24,3% na venda de automóveis e de 21,1% na produção”, adicionou.

Nos últimos doze meses, o indicador de fluxo total nas estradas caiu 0,7%, com decréscimo de 5,3% no tráfego de veículos pesados e aumento de 0,9% no de veículos leves. No período acumulado no ano, de janeiro a outubro de 2015 contra janeiro a outubro de 2014, o índice registrou queda de 1,1%, com declínio de 5,9% em pesados e alta de 0,6% em leves.

“O fluxo de pesados, influenciado pela contração da atividade econômica, continua apresentando uma clara tendência de queda. A variação acumulada nos últimos doze meses, de -5,3%, intensifica a variação que havia sido observada no mesmo período de 2014 (-2,2%). Vale ressaltar que a perda de ritmo no fluxo de leves também tem ocorrido, embora de forma menos acentuada. Nesta mesma comparação dos últimos doze meses, temos aumento do fluxo de 0,9%, ante 4,8% que havia sido registrado no mesmo período de 2014, refletindo, em grande medida, a piora do quadro no mercado de trabalho, marcado por elevação do desemprego e diminuição dos rendimentos”, explicou Bacciotti.

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