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Fluxo cambial total em julho até dia 14 é negativo em US$ 2,949 bilhões, diz BC

Depois de registrar saídas líquidas de US$ 4,301 bilhões em junho, o fluxo cambial do País está negativo em US$ 2,949 bilhões em julho até o dia 14, informou nesta quarta-feira, 19, o Banco Central (BC).

O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 3,931 bilhões no período. Isso é resultado de entradas no valor de US$ 13,184 bilhões e de retiradas no total de US$ 17,115 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo de julho até o dia 14 é positivo em US$ 983 milhões, com importações de US$ 5,768 bilhões e exportações de US$ 6,751 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 1,068 bilhão em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,324 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 3,359 bilhões em outras entradas.

Segunda semana

O fluxo cambial da segunda semana de julho (de 10 a 14) ficou negativo em US$ 1,757 bilhão, informou o Banco Central. A saída líquida de dólares pelo canal financeiro no período foi de US$ 1,553 bilhão, resultado de entradas no valor de US$ 7,236 bilhões e de envios no total de US$ 8,789 bilhões.

No comércio exterior, o saldo na semana passada ficou negativo em US$ 204 milhões, com importações de US$ 3,086 bilhões e exportações de US$ 2,882 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 577 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 681 milhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 1,624 bilhão em outras entradas.

No ano

Já o fluxo cambial do ano até o dia 14 de julho ficou positivo em US$ 4,530 bilhões. Em igual período do ano passado, o resultado era negativo em US$ 11,513 bilhões, afirma o BC.

A retirada de dólares pelo canal financeiro neste ano até 14 de julho foi de US$ 27,982 bilhões. Este resultado é fruto de entradas no valor de US$ 255,224 bilhões e de envios no total de US$ 283,206 bilhões.

No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 14 de julho ficou positivo em US$ 32,512 bilhões, com importações de US$ 72,174 bilhões e exportações de US$ 104,686 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 15,838 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 29,090 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 59,758 bilhões em outras entradas.

Swap cambial

Após prejuízo de R$ 546 milhões com sua posição em swap cambial em junho, o Banco Central registrou resultado positivo de R$ 2,822 bilhões em julho até o dia 14 com estes contratos pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve ganhos de R$ 3,687 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1. O estoque de swaps cambiais do BC está atualmente na casa de US$ 27,7 bilhões.

O BC registrou ainda no período perdas de R$ 41,798 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 44,081 bilhões em julho até dia 14. Já o resultado das operações cambiais no período ficou no negativo em R$ 40,393 bilhões. Atualmente, as reservas internacionais estão na casa dos US$ 379 bilhões.

No acumulado de 2017 até 14 de julho, o Banco Central registra resultado positivo de R$ 7,081 bilhões com os contratos de swap pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve ganhos de R$ 7,024 bilhões. O BC obteve perdas de R$ 4,677 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no acumulado do ano. Já o resultado líquido das reservas ficou negativo em R$ 63,162 bilhões e o resultado das operações cambiais no período foi negativo em R$ 56,139 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hedge ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

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