Depois de registrar entrada líquida de US$ 6,515 bilhões em abril, o fluxo cambial brasileiro ficou negativo em maio em US$ 3,560 bilhões, conforme informou nesta quarta-feira, 6, o Banco Central (BC).

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A saída de dólares pelo canal financeiro no período foi de US$ 7,492 bilhões, resultado de entradas no valor de US$ 40,339 bilhões e de retiradas no total de US$ 47,832 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo de maio ficou positivo em US$ 3,932 bilhões, com importações de US$ 11,480 bilhões e exportações de US$ 15,412 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,776 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 4,421 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,215 bilhões em outras entradas.

O fluxo cambial do ano até o dia 1º de julho ficou no vermelho em US$ 10,841 bilhões, ante saldo anual negativo de US$ 4,978 bilhões visto até o dia 29 de junho. Em igual período do ano passado, o resultado era praticamente o mesmo, mas no terreno positivo, com as entradas superando os envios em US$ 10,443 bilhões.

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A retirada de dólares pelo canal financeiro neste ano até o dia 1º de julho totalizou US$ 36,465 bilhões. Esse resultado no ano é fruto de entradas no valor de US$ 218,552 bilhões e de envios no total de US$ 255,016 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo anual acumulado é positivo em US$ 25,624 bilhões até o mesmo dia, com importações de US$ 61,517 bilhões e exportações de US$ 87,141 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 16,462 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 23,845 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 46,834 bilhões em outras entradas.

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Semana

O fluxo cambial da semana de 27 de junho a 1º de julho ficou negativo em US$ 5,862 bilhões, informou o BC. No período em questão, destaque para o dia 29, quarta-feira, quando as remessas líquidas ficaram em US$ 4,198 bilhões.

A retirada de dólares pelo canal financeiro foi de US$ 7,222 bilhões no período, resultado de entradas no valor de US$ 10,982 bilhões e de envios no total de US$ 18,204 bilhões.

Já no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 1,360 bilhão no período, com importações de US$ 2,969 bilhões e exportações de US$ 4,329 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 945 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,199 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 2,184 bilhões em outras entradas.

Swap cambial

Após prejuízo de R$ 3,054 bilhões com as operações de swap cambial em maio, o Banco Central registrou lucro de R$ 22,737 bilhões com esses leilões pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, o ganho em junho foi de R$ 26,873 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira.

A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1. O estoque de swaps cambiais do BC está na casa de US$ 60 bilhões, mas já superou os US$ 100 bilhões no passado. Com a retomada dos leilões de swap cambial reverso diariamente desde a sexta-feira, dia 1º, esse saldo tende a diminuir.

No primeiro dia útil de julho, o BC registra lucro de R$ 1,668 bilhão com essas operações pelo critério caixa, mas perda R$ 656 milhões pelo competência.

Em contrapartida ao ganho de junho, o BC obteve um prejuízo de R$ 137,723 bilhões com a rentabilidade com a administração das reservas internacionais. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 132,987 bilhões em junho. O resultado das operações cambiais no período ficou no vermelho em R$ 106,115 bilhões.

No primeiro semestre do ano, o lucro com swap soma R$ 71,331 bilhões pelo resultado caixa e R$ 78,050 bilhões pelo competência. Já a rentabilidade das reservas internacionais no período está negativa em R$ 225,025 bilhões, com resultado líquido negativo em R$ 254,657 bilhões e operações cambiais também negativas de R$ 176,607 bilhões.