O fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,573 bilhões em setembro até o dia 27, informou nesta quarta-feira, 02, o Banco Central (BC). Para fechar o mês, falta apenas o dado da última segunda-feira, dia 30, mas já se pode verificar que o saldo mensal ficará mais uma vez no vermelho. Com isso, este será o quarto mês consecutivo em que as saídas vão superar as entradas de recursos no País.

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As operações financeiras responderam por uma entrada líquida de US$ 3,007 bilhões em setembro até o dia 27, diferença entre ingressos de US$ 44,708 bilhões e retiradas de US$ 41,701 bilhões. No comércio exterior, o saldo foi negativo em US$ 5,580 bilhões no período, com importações de US$ 18,966 bilhões e exportações de US$ 13,386 bilhões. Nas exportações estão inclusos US$ 2,596 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,955 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 7,835 bilhões de outras entradas.

Segundo o BC, a entrada de dólares superou a saída em US$ 688 milhões entre os dias 23 e 27 de setembro. As operações financeiras responderam por uma saída líquida de US$ 1,706 bilhão na semana passada, diferença entre entradas de US$ 11,638 bilhões e saídas de US$ 13,345 bilhões. No comércio exterior, o saldo foi negativo em US$ 1,019 bilhão na semana, com exportações de US$ 4,389 bilhões e importações de US$ 5,408 bilhões.

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As vendas externas incluem US$ 746 milhões de ACC no período e US$ 957 milhões de PA, além de US$ 2,686 bilhões de outras operações.

Ano

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No acumulado do ano até dia 27 de setembro o fluxo cambial está negativo em US$ 335 milhões Faltando apenas um dia útil para o fechamento de setembro, o mês deve ser marcado por uma reversão de tendência, já que até agosto o resultado acumulado estava positivo em US$ 2,238 bilhões.

O saldo acumulado no ano até setembro é resultado de um total positivo de US$ 9,309 bilhões no segmento comercial e negativo em US$ 9,645 bilhões na área financeira. No mesmo período de 2012, o fluxo total estava positivo em US$ 22,455 bilhões.

Os representantes do BC têm minimizado a reversão dos números para o terreno negativo. Eles asseguram que não há fuga de capitais do País. No encerramento do ano passado, o saldo ficou positivo em US$ 16,7 bilhões. Em 2011, a quantia de US$ 65,3 bilhões tinha sido a melhor desde 2007 e, em 2010, o resultado havia sido de US$ 24,3 bilhões. Em 2009, o saldo voltou a ser positivo (US$ 28,7 bilhões), depois de registrar saídas de US$ 938 milhões em 2008.