O feriado prolongado e a concorrência com os supermercados, que conseguem vender a preços bem mais baratos, estão entre as principais preocupações das floriculturas para o Dia de Finados. Representantes dos comerciantes dizem que esses e alguns outros fatores, como a crescente procura por flores de plástico e o comércio de rua dos produtos – na maioria das vezes, ilegal – devem fazer com que a data, uma das mais esperadas pelos varejistas, não gere grandes vendas este ano.

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“O primeiro fator (para a baixa expectativa) é o social. Por conta da correria do dia-a-dia, as pessoas querem mais é aproveitar o feriado e viajar”, diz o assessor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas de Curitiba e Região Metropolitana (Sindiplan), Gerson Garcia. Ele lembra que a eleição até pode ajudar a segurar mais pessoas na cidade, mas diz não acreditar que isso traga um grande impacto positivo.

Garcia diz que o pior entrave às boas vendas das floriculturas durante o Dia de Finados devem ser os supermercados, que têm capacidade de comprar flores em grande quantidade dos fornecedores e vender ao consumidor a preços até menores que os pagos pelas floriculturas a seus distribuidores. Segundo ele, ainda ontem, uma grande rede vendia um vasinho de crisântemos -espécie mais procurada nessa época – por R$ 5,90. “Numa floricultura dificilmente vai custar menos que R$ 10”, lamenta. O assessor do Sindiplan, porém, faz uma ressalva. “A qualidade (das flores vendidas em supermercados) pode não ser de primeira. Às vezes o produto é de terceira ou quarta categoria”, frisa.

De acordo com Garcia, a baixa expectativa de vendas dos pequenos varejistas faz com que produtores e distribuidores já evitem despejar muitas flores no mercado, temendo que os produtos encalhem nas lojas. Outro problema é que a produção, este ano, foi prejudicada pelo clima, e acabou atrasando. Assim, a distribuição foi deixada para a última hora.

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Plástico

A briga com os supermercados não é a única que os floristas têm que enfrentar. Além dessa concorrência, eles competem com as lojas de 1,99, que vendem flores artificiais, preferidas por muitos consumidores – artefatos que muitos cemitérios proíbem e que, muitas vezes, vão parar no lixo comum.

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Outro grande problema, segundo Garcia, é a concorrência desleal com o mercado informal. “Distribuidores estacionam seus veículos no acostamento das rodovias e vendem flores lá. Muitas pessoas compram e revendem nos semáforos. É uma venda ilegal”, afirma, lembrando que a prática é combatida pelo sindicato, em parceria com a prefeitura. Porém, a fiscalização muitas vezes esbarra na falta de denúncias – que podem ser feitas ao próprio Sindiplan, no telefone (41) 3022-5329, ou no email sindiplan@sindiplan.org.br.