Se a população na Escócia decidir pela independência, a Fitch Ratings irá revisar o rating AA+ do Reino Unido, informou a agência de classificação de risco. A resposta da Fitch dependeria do acordo entre escoceses e britânicos.
Em relatório, a Fitch esclareceu que a separação da Escócia traria implicações sobre o restante do Reino Unido. Ainda que esse evento traga riscos apenas moderados para a dívida pública, as finanças externas, o câmbio e o setor bancário, é um assunto que mereceria uma análise mais próxima, disse.
“O voto ‘sim’ seria seguido por um período de transição, no qual muitos detalhes precisariam ser acertados, desde questões políticas e legais a econômicas, financeiras e comerciais. Nós esperaríamos que essa transição seria gerenciada cautelosamente, evitando deslocamentos financeiros”, afirmou.
Em uma avaliação preliminar, em outubro de 2012, a Fitch disse que a independência escocesa seria neutra para o rating do Reino Unido. No entanto, na época a agência assumiu que não haveria impacto na dívida bruta pública, “algo que agora parece muito improvável”.
Recentemente, o governo britânico declarou que no caso da independência da Escócia ele continuará a honrar as emissões de dívida, o que levaria a um aumento de 9,5% na dívida pública bruta sobre o Produto Interno Bruto (PIB). “Como enfatizamos anteriormente, a dívida bruta do Reino Unido teria que ser menor que o nível atual e em queda estável antes de qualquer retorno ao ‘AAA’, um prospecto que seria adiado por tal choque na dívida”, alertou.
Ainda assim, a Fitch Ratings esclareceu que a expectativa da agência, com base nas últimas pesquisas de opinião, é de que a população da Escócia rejeite o pedido de independência no referendo de setembro.