A Fitch rebaixou os ratings de várias empresas brasileiras do setor de construção, incluindo a Construtora Queiroz Galvão S.A., a Galvão Participações S.A. (GalPar), a Galvão Engenharia S.A. (GESA) e a Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. (MJTE). Com exceção da MJTE, todas as empresas citadas continuam em observação para um possível rebaixamento adicional.

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Além disso, a agência de classificação de risco reafirmou, mas manteve em observação negativa os ratings da Camargo Corrêa S.A., da CCSA Finance Limited, da Construtora Andrade Gutierrez S.A., da Andrade Gutierrez International S.A., da Construtora Norberto Odebrecht S.A. (CNO) e da Odebrecht Finance Limited.

Em nota, a Fitch deu como razões para o rebaixamento as ações em andamento da operação Lava Jato, que podem levar a novas descobertas negativas; a diminuição das opções de financiamento para a maioria das construtoras; medidas punitivas que ainda estão para ser determinadas; as difíceis condições para o recebimento de pagamentos por projetos concluídos; e possíveis reestruturações, suspensões ou atrasos relacionados a contratos existentes com a Petrobras.

A MJTE foi rebaixada de B- para CC, devido à fraca posição de liquidez da empresa e pouco acesso a financiamento, explicou a Fitch. Junto com outras 22 empresas, a MTJE foi temporariamente proibida de participar de licitações da Petrobras e/ou de ser contratada pela estatal. Cerca de 90% dos projetos da Mendes Júnior são com entidades do governo.

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A agência rebaixou também os ratings da GalPar, de B+ para B-, da GESA, de BBB+ (bra) para BB+ (bra), e da Construtora Queiroz Galvão, de AA-(bra) para A(bra). Segundo a Fitch, o grupo também tem problemas de liquidez e há incertezas sobre o recebimento de mais de R$ 800 milhões da Petrobras pela GESA.