A agência de classificação de risco Fitch divulgou em comunicado que rebaixou a nota de Portugal em três graus, de A- para BBB-, com perspectiva negativa, afirmando que as chances do país receber “apoio externo oportuno” diminuíram no curto prazo, depois do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, ter anunciado ontem que as eleições parlamentares ocorrerão em 5 de junho.
Segundo Douglas Renwick, diretor do grupo de Ratings Soberanos da Fitch, a agência “identificou o apoio externo oportuno como um fator fundamental quando reduziu o rating de Portugal para ‘A-‘, em 24 de março, e acredita que esse tipo de suporte é necessário para ampliar a credibilidade da consolidação fiscal e da reforma econômica portuguesa”.
A Fitch disse ainda que a revisão para cima dos números de dívida pública e déficit orçamentário de Portugal, agora em 92,4% e 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB), respectivamente, também contribuiu para enfraquecer o perfil fiscal do país.