Uma mudança nas formas de financiamento dos bancos brasileiros nos últimos cinco anos tem beneficiado principalmente as instituições financeiras de pequeno e médio porte, indica um relatório divulgado pela agência de rating Fitch nesta segunda-feira, 24.

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Segundo o estudo, a criação das Letras Financeiras, das Letras de Crédito Imobiliário e das Letras de Crédito do Agronegócio contribuíram para melhorar os perfis de financiamento dos bancos menores na esteira da fraude do Banco Panamericano há cinco anos.

“Os bancos brasileiros têm explorado novos instrumentos disponibilizados pelos reguladores a fim de atrair fundos e reduzir seus custos gerais de financiamento”, afirma Eduardo Ribas, o diretor da Fitch’s Latin America para instituições financeiras.

Segundo avaliação da agência, o uso das novas letras também foi positivo para bancos maiores, mas minimizou as limitações enfrentadas pelas instituições de menor porte em um mercado em que os depósitos estão concentrados em bancos de dimensões nacionais. Além disso, a duração maior desses papéis melhora a estabilidade do perfil financeiro e o gerenciamento da maturidade entre ativos e passivos em seus balancetes.

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Apesar das vantagens, a Fitch ressalta que a falta de testes de estresse representa um risco potencial, já que as novas letras podem se comportar de modo distinto em um grave crise de liquidez.