Fitch mantém nota de ‘grau de investimento’ do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta segunda-feira (10) a nota de avaliação de quatro países emergentes, revisou a perspectiva do rating de sete países e reafirmou a nota do Brasil em moeda local e estrangeira (grau de investimento), mantendo perspectiva estável. A agência citou preocupações com o impacto sobre os emergentes de uma recessão nas maiores economias mundiais, dos preços de matérias-primas (commodities) mais baixos e do fluxo reduzido de capital e nos mercados financeiros.

A reafirmação dos ratings “BBB-” do Brasil em moeda local e estrangeira “reflete o colchão significativo de moeda estrangeira de cerca de US$ 200 bilhões, que dá às autoridades mais flexibilidade de política e proteção contra o choque externo atual”, afirma o comunicado da Fitch.

Nos demais emergentes, a Fitch reduziu o rating da Bulgária e do Casaquistão de “BBB” para “BBB-“; rebaixou a Romênia de “BBB” para “BB+” e cortou o rating da Hungria de “BBB+” para “BBB”. Com a nova nota, a perspectiva da Hungria foi elevada de “negativo” para “estável”.

Em relação às perspectivas para ratings mantidos, a agência revisou as da Coréia do Sul, México, Rússia e África do Sul de “estável” para “negativo”. As perspectivas das notas do Chile e da Malásia foram revisadas de “positivo” para “estável”.

A Fitch manteve os ratings soberanos e as perspectivas estáveis de China, Peru, Taiwan e Tailândia, e manteve o rating com perspectiva negativa em moeda local da Índia.

A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.

A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado “grau de investimento”. Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação. Parte deles é mais exigente, aplicando apenas em países que são considerados “grau de investimento” por ao menos duas das três grandes agências. Com informações da Dow Jones.

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