O impacto da reforma da Previdência no rating soberano do Brasil vai depender de que texto vai ser aprovado no Congresso, disse o diretor da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Rafael Guedes, a jornalistas, ressaltando que teme mais diluição das propostas.
“Alguma reforma vai ser aprovada. A questão é a diluição”, afirmou Guedes. A reforma originalmente proposta pelo governo era correta e necessária para conter a expansão dos gastos com previdência no Brasil. A preocupação, disse ele, é que novas concessões sejam feitas no texto para que as medidas ganhem o aval do Congresso, esvaziando o impacto fiscal.
A diluição vai exigir que os agentes refaçam o cálculo do impacto fiscal da reforma, afirmou o diretor da Fitch. A aprovação das mudanças na previdência, disse ele, são essenciais para garantirem também que o teto para a alta dos gastos públicos funcione. O endividamento do governo brasileiro tem tido crescimento mais acelerado do que outros países, fator negativo para a classificação de risco brasileiro.