O Brasil conquistou o selo "grau de investimento" por mais uma importante agência de classificação de risco. Nesta quinta-feira (29), a Fitch Ratings elevou a nota de dívida soberana do País de "BB+" para "BBB-".
No dia 30 de abril, o Brasil se tornou grau de investimento pela avaliação da Standard & Poor’s, surpreendendo os analistas econômicos, que não esperavam uma elevação da nota antes do segundo semestre deste ano. A reação do mercado financeiro foi muito positiva: a Bovespa avançou 6,33% naquele dia e bateu recorde de pontos no encerramento dos negócios pela primeira vez no ano.
Na mesma noite, a Fitch afirmou que a nota brasileira estava sendo revisada. Agora, das três maiores agências de classificação de risco do mundo, apenas a Moody’s não avalia o Brasil como grau de investimento.
A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.
A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação. Parte deles é mais exigente, aplicando apenas em países que são considerados "grau de investimento" por ao menos duas das três grandes agências, grupo em que o Brasil ingressa agora.