A Fitch Ratings colocou os ratings da República de Chipre em observação para possível rebaixamento. O ratings de default de emissor da dívida de longo prazo de Chipre em moeda estrangeira e em moeda local foram mantidos inalterados em B; o rating de default de emissor de curto prazo também foi mantido em B e o teto para os ratings de bônus emitidos por entidades cipriotas foi revisado para B; a classificação anterior era AAA, consistente com os demais países da zona do euro.
Segundo a Fitch, a colocação dos ratings em observação negativa “reflete a opinião da Fitch de que o choque resultante da falência sistêmica do sistema bancário de Chipre terá implicações negativas profundas para a economia doméstica, o que eleva os riscos para as finanças públicas. Isso apesar do fato de Chipre ter concordado com um programa com seus credores oficiais. Esse programa melhora a posição de curto prazo do soberano, tanto da perspectiva da liquidez (o financiamento oficial é de 10 bilhões de euros, ou 55% do PIB) como da solvência. A decisão de confiscar dos depositantes, e não dos detentores de bônus governamentais, representa uma economia imediata significativa para o soberano. Ela também destaca a senioridade ‘de facto’ das demandas sobre o soberano em relação a outras demandas no país, e, consequentemente, funciona como um fator de apoio à qualidade de crédito do soberano”.
A agência disse que a solução da revisão dos ratings acontecerá depois de novos detalhes do acordo de ajuda financeira serem divulgados, considerando os seguintes fatores: as premissas econômicas e fiscais do programa da UE e do FMI, em conjunção com a expectativa da própria Fitch; os termos do crédito oficial e as fontes e usos da receita fiscal no médio prazo; a evolução e os efeitos dos controles sobre os fluxos de capital; e a capacidade e disposição do governo para implementar as profundas reformas estruturais e fiscais que deverão ser exigidas pelo programa. As informações são da Dow Jones.
