A agência de classificação de risco Fitch afirmou, em nota divulgada nesta quarta-feira, 11, que bancos estaduais do Brasil são “altamente sensíveis” à deterioração no ambiente operacional regional, o que pode ter implicações para o perfil de crédito. Segundo a agência, a informação consta em relatório que cobre Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., Banco do Estado de Sergipe S.A., Banco do Estado do Espírito Santo S.A. e Banco de Brasília.

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“Os bancos subnacionais mantiveram um apetite por risco em 2016, similar aos pares do setor privado. O crescimento desacelerou, como resultado”, afirma Jean Lopes, diretor da Fitch. Segundo ele, os empréstimos inadimplentes continuam a crescer ao longo de 2016, uma tendência que continuará em 2017 devido à recessão econômica, aos altos níveis de inflação e desemprego e ao desempenho fraco na maioria dos setores corporativos.

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Uma forte presença regional e ofertas abrangentes de produtos ajudam esses bancos estaduais a competir com os bancos maiores, nacionais. Os bancos estaduais trabalham proximamente com funcionários públicos regionais e poderiam ser afetados pelas dificuldades sofridas pelas entidades controladoras no pagamento de passivos.

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A agência cita também que o risco continuado diante do atraso de salários em alguns Estados prejudica o portfólio desses bancos.