Foto: Silvio Vera/Jornal Iguaçu |
Portos de fronteira terão 30% da categoria trabalhando, conforme prevê a lei. continua após a publicidade |
Sem ter as reivindicações atendidas, os fiscais federais agropecuários voltam a cruzar os braços a partir de hoje. Essa é a terceira paralisação em três meses – em junho, a categoria parou por 11 dias e, entre o final de julho e início de agosto, outros 11 dias.
De acordo com o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura no Paraná (Affama-PR), Clemente Martins, dessa vez a categoria não vai suspender a paralisação para negociar com o governo federal. Nas duas ocasiões anteriores, os fiscais voltaram a trabalhar enquanto aguardavam contraproposta do governo.
No Paraná, a associação reúne cerca de 220 fiscais agropecuários na ativa e outros 40 aposentados. Conforme prevê a lei, cerca de 30% da categoria vai atender os serviços essenciais em portos, aeroportos, portos de fronteira e frigoríficos de exportação. Segundo Martins, o ministério da Agricultura teria conseguido liminar obrigando que 60% da categoria permaneça trabalhando. ?Caso essa decisão alcance nível nacional, só 40% vai parar?, afirmou Martins.
A principal reivindicação da categoria é a ?reestruturação remuneratória da carreira?. Entre as propostas estão o aumento do salário em 15% este ano, 15% em 2008 e 15% em 2009. O governo não aceitou e ofereceu como contrapartida 20% de reajuste dividido em três anos, a ser pago a partir do ano que vem. Os fiscais não aceitaram.