Fiscais agropecuários confirmam paralisação

Os fiscais agropecuários do Paraná se reuniram ontem em assembléia para ratificar a decisão da greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada depois que as negociações com o governo, no início da semana, não avançaram. A categoria está reivindicando a criação da Escola Superior de Fiscais Agropecuários, contratação de novos fiscais e reestruturação salarial da carreira.

No Paraná trabalham cerca de 250 fiscais, e segundo o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Paraná (Affama), Clemente Martins, 70% teriam aderido ao movimento. Ele garantiu que a categoria irá manter 30% do atendimento, dando preferência para cargas perecíveis, trânsito de animais vivos e medicamentos. ?Até ontem a greve era extra-oficial, e agora ela passa a ser por tempo indeterminado. Iremos manter os 30% como prevê a legislação para o movimento não ser considerado ilegal?, falou.

A pauta de reivindicações da categoria já foi motivo de greve dos fiscais em 2005. Eles continuam pedindo a criação de uma escola para formação Também, uma reestruturação remuneratória de carreira. De acordo com Martins, quem entra na carreira hoje recebe em torno de R$ 3 mil, e após 35 anos de trabalho, o salário não passa de R$ 6 mil. ?Assim como acontece em outras carreiras, queremos uma melhoria nos níveis salariais?, falou.

O presidente da Affama garante que até agora a greve não trouxe reflexos negativos nos portos e fronteiras. Mas ele estima que a partir da próxima semana a situação irá se agravar. ?Hoje (ontem) em Foz do Iguaçu existem cerca de 400 veículos aguardando liberação de documentos. Já outros que viriam da Argentina e Paraguai devem esperar para não ficar pagando diárias na aduana. No Porto em Paranaguá a situação ainda é tranqüila devido a capacidade de estocagem. Mas com a continuidade da greve isso não deverá se manter?, finalizou. No Porto paulista de Santos a categoria – alegando não querer prejudicar importadores e exportadores – decidiu, ontem, voltar ao trabalho e discutir nova paralisação na semana que vem.

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