O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa, apresentou nesta quarta-feira, 25, ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, propostas da entidade para a economia de eletricidade no País. A primeira delas é a elaboração, o quanto antes, de uma campanha de esclarecimento à população para que as pessoas e empresas possam adotar medidas para poupar energia.
“Viemos apresentar sugestões e houve uma coincidência forte com aquilo que o ministério já planeja, tanto nas medidas de curtíssimo prazo quanto de curto, médio e longo prazos”, disse o executivo após o encontro.
A Firjan apresentou ao ministro um programa de eficiência energética para pequenas empresas que, a um custo de R$ 1 mil, promete gerar até 40% de economia no consumo dessas companhias e poderia ser bancado com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A entidade também defende a racionalização da iluminação pública e o incentivo ao uso de geradores, turbinas e motores pela indústria com uma contrapartida em termos de remuneração por parte do governo.
“O clima mudou e a sociedade precisa lidar com a nova situação do fornecimento de energia. Além da redução do desperdício, o governo se comprometeu a intensificar o uso de energia eólica e outras tecnologias, como a nuclear”, disse Gouvêa.
O empresário disse não estar preocupado no momento com o possível racionamento de eletricidade porque, segundo ele, as chuvas em fevereiro têm sido positivas e as perspectivas de crescimento da economia este ano devem levar o setor produtivo a reequilibrar o seu consumo de eletricidade. Para Gouvêa, o tarifaço nas contas de luz é uma medida inevitável, que terá que ser absorvida pelas companhias. “Ou o consumidor paga o preço da eletricidade ou a sociedade paga. Não há terceira opção. Não podemos ter uma estrutura de preços falsa”, afirmou.