Gastos conhecidos mas nem sempre lembrados, como a chegada de impostos como o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Territorial e Predial Urbano) tem deixado muita gente de cabelo em pé nesse período do ano, junto com gastos periódicos como a compra de material escolar. O erro mais comum foi ter gasto mais do que o previsto no final do ano.
Para quem não planejou e precisa pagar contas agora, a opção pode ser parcelar a dívida (IPVA em até quatro vezes e IPTU em até dez parcelas). “Só que tem que lembrar que haverá essa despesa durante o ano. As pessoas esquecem que parcelaram e assumem outros compromissos. Se houver outras despesas, é melhor que sejam pagas à vista”, ressalta o professor de Finanças da Faculdade de Administração e Economia (FAE) Amilton Dalledone Filho.
Fazer empréstimo pessoal de uma agência bancária para pagar essas contas à vista e depois financiar pelo banco é recomendado só em casos de emergência. “Nunca usar o cheque especial. E fugir de financeiras, que possuem juros muito mais altos do que os bancos, de 6% a 10% de juros ao mês”, aconselha o especialista.
Bola de neve
A bola de neve das finanças pessoais acaba sendo facilitada pela variedade de opções de pagamento e parcelamento hoje. Cheques e diversos cartões contribuem para que muitas pessoas se percam nos gastos mensais e possam, inclusive, acabar arcando com mais despesas do que é o salário no fim do mês. Para tentar equilibrar as contas e até se preparar para imprevistos futuros, o economista orienta que se faça um esforço para guardar, mensalmente, 10% do salário total. “No mínimo 10%”, lembra Dalledone Filho.
A economia dos 10% pode começar na ponta do lápis, com anotação criteriosa e disciplinada de todas as despesas. Planilhas para controle de gastos pessoais disponíveis na internet podem ajudar a organizar as informações sobre as receitas e as despesas fixas mensais (como aluguel, telefone, água, luz, seguro, internet) e variáveis (gastos com lazer, por exemplo).
