A queda inesperada no conjunto de preços de Alimentação na segunda quadrissemana de maio levou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a mudar sua projeção para o dado fechado do mês. A expectativa atual do economista é de que o IPC encerre maio com uma alta de 0,28% e não mais em 0,33%.
O grupo Alimentação, por sua vez, que teve retração de 0,14% na segunda medição, deverá, segundo o economista, terminar com 0,07%, contra estimativa anterior de 0,27%. A expectativa de Costa Lima era de que o grupo ainda apresentasse uma taxa positiva para a segunda quadrissemana, de 0,04%.
“Os produtos in natura podem continuar em queda, mas os industrializados podem não cair tanto. Com isso, prevemos um IPC de 0,28% no final do mês”, disse há pouco Costa Lima, que manteve sua projeção de inflação de 5,00% no fechamento de 2013.
Na avaliação do economista, o grupo Saúde deverá permanecer pressionando a inflação dos paulistanos até o final do mês, em razão do impacto do reajuste recente nos preços dos medicamentos. “Tem ainda Vestuário, que está subindo mais do que o esperado”, admitiu, acrescentando que prevê taxas de 1,14% para a Saúde e de 0,59% para o grupo Vestuário.