A relação entre o preço da gasolina e do etanol voltou a rondar o piso histórico no fim de agosto na cidade de São Paulo. A taxa, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), atingiu a marca de 64,51% em agosto, depois de ficar em 65,08% em julho. O resultado do mês é o menor desde outubro de 2010, quando foi de 63,31%.

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Abastecer o carro com o combustível derivado da cana-de-açúcar também ficou mais vantajoso na última semana de agosto. A relação entre o etanol e a gasolina foi de 63,30%, ante 64,19% na terceira semana do mês. O número da quarta semana de agosto também atingiu o patamar mais baixo desde os primeiros sete dias de junho de 2011 (63,29%).

De acordo com o economista da Fipe Rafael Costa Lima, o movimento deve estar relacionado à queda nos preços do açúcar no exterior. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de agosto, que ficou em 0,22%, o produto também teve retração (de -5,29%). “Provavelmente, a relação no preço da gasolina e do etanol reflete a variação do açúcar lá fora. Se tiver reajuste da gasolina, abastecer o carro com etanol poderá ficar ainda mais favorável”, disse. O declínio nos preços do açúcar no mercado internacional tende a aumentar a produção e a oferta do álcool combustível no Brasil.

Além do etanol, o preço da gasolina também caiu em agosto (-0,29%) e ajudou a manter o grupo Transportes no terreno negativo (-0,11%), ainda que o efeito da revogação do reajuste nas tarifas de transporte urbano em São Paulo tenha chegado ao fim. “Isso (combustíveis) é que está segurando o grupo”, afirmou.

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Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor do segundo. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do dos a gasolina. Entre 70% e 70,5%, é considerado indiferente o uso de gasolina ou etanol no tanque.