A relação entre os preços do etanol e da gasolina manteve-se abaixo de 60% na terceira semana deste mês na capital paulista, conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No período, essa equivalência atingiu 58,09% após 58,83% na anterior. O resultado é menor para uma terceira semana de agosto desde 2010, quando alcançou 57,61%, refletindo a ampla oferta do álcool combustível, afirma Moacir Mokem Yabiku, gerente de pesquisa da Fipe.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de inflação na cidade de São Paulo, os preços do etanol acentuaram o ritmo de queda na terceira quadrissemana de agosto – últimos 30 dias terminados na quinta-feira (23). No período, o recuo foi de 6,76% após retração de 6,63% na anterior. Já os preços da gasolina diminuíram a velocidade de declínio para 1,34% depois do recuo de 1,53% antes.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol.