Fipe reduz previsão do IPC de maio de 0,40% para 0,35%

A inflação na cidade de São Paulo deve fechar maio com uma taxa inferior à prevista inicialmente pelo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Segundo o economista, o IPC deve terminar o mês com alta de 0,35% e não mais com elevação de 0,40%. A explicação para a revisão, disse, é a deflação, de 0,17%, no grupo Habitação na terceira quadrissemana. A taxa veio na contramão do que esperava a Fipe, que era de uma variação positiva de 0,04% para esta classe de despesa. “O recuo em Habitação é o principal motivo, por causa da queda maior em água e esgoto (-7,81%)”, disse nesta terça-feira, 27, Costa Lima.

Se a expectativa do economista for confirmada, o IPC acumulado em 12 meses até maio irá para a faixa de 5,45%, ficando acima da taxa de 5,20% de igual período terminado em abril. “Habitação segue em baixa, mas Alimentação deve continuar subindo”, disse. De acordo com a Fipe, a classe de despesa de Habitação poderá encerrar o mês com deflação de 0,29%, enquanto a de Alimentação, com taxa positiva de 0,95%.

Na terceira quadrissemana do mês, o IPC-Fipe atingiu 0,36%, contrariando a expectativa de elevação de 0,42% de Costa Lima. A variação registrada no período veio exatamente no piso das estimativas da pesquisa do AE Projeções. O teto era de 0,41%, com mediana de 0,39%.

O economista da Fipe afirmou que, por enquanto, não irá alterar a estimativa para o índice fechado de 2014, que segue em 5,50%. Ele disse que quer acompanhar principalmente a evolução do conjunto de preços de alimentos, dado que os industrializados continuam pressionando bastante a inflação de alimentos. Segundo Costa Lima, o subgrupo ainda não está captando com força total os efeitos observados há alguns meses no atacado. “Há bastante coisa em alta. Além disso, a inflação em São Paulo está um pouco mascarada, por conta da variação negativa em água e esgoto, devido ao desconto na conta para quem economizar. No mês que vem essa taxa deve mudar”, disse, acrescentando que, apesar da previsão de um IPC de 0,35% no fechamento de maio, a taxa ainda será maior que a de 0,10% apurada em igual mês de 2013.

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