Fipe eleva previsão do IPC em 2008 para 6,5%

O novo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antonio Evaldo Comune, elevou nesta terça-feira (5) de 6,35% para 6,5% a estimativa de inflação para a capital paulista em 2008. Se confirmada essa previsão, o resultado será bem superior ao verificado em 2007, quando o índice subiu 4,38%.

De acordo com Comune, a revisão foi motivada pela expectativa maior de inflação para agosto em relação a julho, quando o IPC variou 0,45% e atingiu a menor taxa desde março (0,31%). Outro grande fator para a revisão na projeção do IPC deste ano tem ligação direta com o comportamento dos alimentos nos primeiros sete meses de 2008, em que o grupo acumula alta de 9,43%. Segundo o coordenador do IPC, esta elevação foi determinante para o IPC alcançar a taxa de 4,27% entre janeiro e julho, número bem superior ao de 2,65% dos primeiros sete meses de 2007.

Comune avaliou que havia um espaço pequeno entre agosto e o fim de 2008 para a taxa projetada anteriormente, de 6,35%, acomodar-se. Dessa maneira, ele optou pela modificação para cima. “Quando havíamos projetado os 6,35%, no início de julho, o IPC havia acumulado uma taxa de 3,8% no primeiro semestre deste ano. Depois disso, esse número aumentou um pouco”, disse.

Agosto

Para agosto, Comune projeta uma alta de 0,60% no IPC. Segundo ele, este mês terá como principal impacto a captação do reajuste de 8,63% da tarifa de energia elétrica que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou para a Eletropaulo.

Além disso, segundo a Fipe, para este mês não será observado o alívio nas alíquotas de PIS/Pasep e Cofins nas contas dos paulistanos, de maneira diferente da considerada em julho, quando a queda de 2,68% do item Energia elétrica levou o grupo Habitação a uma deflação de 0,09%. “O mês já começa com uma contribuição de 0,20 ponto porcentual vinda do reajuste para a inflação”, disse.

De acordo com Comune, um fator de alívio para a inflação de agosto será a manutenção da desaceleração do grupo Alimentação. Para ele, os preços dos alimentos devem pressionar o IPC bem menos que no segundo semestre de 2007, quando os preços do grupo iniciaram um processo forte de alta que durou até meados de 2008.

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