O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe), Heron do Carmo, elevou sua previsão de inflação para agosto de 0,85% para 1%. O economista decidiu aumentar sua projeção por causa dos preços administrados que, segundo ele, deverão causar impacto mais intenso no IPC de agosto em relação a julho.
No mês passado, a taxa de inflação apurada na cidade de São Paulo foi de 0,67% ou 0,18 ponto porcentual abaixo da previsão da Fipe de uma taxa também de 0,85%. Isso ocorreu, de acordo com Heron, porque o impacto dos preços administrados sobre o IPC ficou abaixo do que a fundação esperava. O maior exemplo deste comportamento foi a gasolina, que terminou julho com alta de 3,04%, bem inferior aos 5% previstos anteriormente pelo coordenador da Fipe.
Também contribuíram para a composição do IPC-Fipe em julho a tarifa de telefonia fixa, com alta de 2,75%; transporte coletivo, aumento de 0,99%; e energia elétrica, com elevação de 0,95%.
Para agosto, é esperado que o índice capte 10% do aumento de energia elétrica, elevação de 6% da telefonia fixa e uma contribuição de 0,05 ponto porcentual decorrente do aumento da tarifa de água e esgoto em São Paulo, de 8,28%. O reajuste de água e esgoto entra em vigor na quarta-feira (7). A contribuição desses preços para o IPC-Fipe em agosto deverá em torno de 0,64 ponto porcentual.