Financiamentos pelo PSI vão ficar mais caros em abril

As linhas de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ficarão mais caras a partir de abril. O programa venceria em 31 de março, mas o governo irá prorrogá-lo pela terceira vez. No entanto, para compensar o aumento ocorrido em dezembro na taxa básica de juros (Selic), de 0,5 ponto porcentual, a equipe econômica fará uma elevação dos juros cobrados pelo BNDES.

A mudança é necessária porque as linhas de financiamento do programa são subsidiadas pelo Tesouro. Sem a correção das taxas do PSI, os desembolsos do Tesouro, para fazer a equalização entre o custo de captação dos recursos pelo BNDES e as taxas cobradas do tomador final, teriam de aumentar. Quando o programa foi criado, o governo estimou que, sem a subvenção do órgão, o custo das linhas para as empresas seria de 11% ao ano.

As taxas para aquisição de máquinas e equipamentos são de 5,5% ao ano. Os juros para financiamentos destinados à compra de ônibus e caminhões no âmbito da Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial) são de 8% ao ano. Uma fonte do governo informou que, pelo menos, os juros de 5,5% terão elevação. No lançamento do programa, as taxas cobradas dos empresários eram de 4,5% e 7%, respectivamente, mas já foram elevadas em um ponto porcentual em julho do ano passado, depois que a economia brasileira deu sinais de recuperação após a crise financeira internacional.

As linhas foram criadas para melhorar a oferta de crédito para as empresas, principalmente para as de pequeno e médio portes, e estimular a venda de máquinas e equipamentos, o último setor a se recuperar dos efeitos da crise. O PSI também tem linhas de financiamento para inovação tecnológica, com juros de 3,5% e 4,5%, mas estas linhas ainda têm uma demanda pequena. Por isso, os juros continuam inalterados desde o lançamento do programa.

Segundo os dados do BNDES, a carteira de financiamentos do PSI superou R$ 120 bilhões em 2010, dos quais R$ 87 bilhões já foram liberados. A prorrogação do PSI foi anunciada aos empresários pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quarta-feira passada durante a reunião do Grupo Avançado da Competitividade (GAC).

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