O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) financiou menos do que o esperado no primeiro semestre deste ano no Paraná. Dos R$ 500 milhões que o BRDE planejava financiar em projetos neste primeiro semestre, não se atingiu os 100%. A expectativa continua sendo de aplicação de R$ 1 bilhão nos negócios paranaenses até dezembro.

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Esse panorama foi influenciado pela falta de projetos empresariais apresentados ao BRDE, que pode atuar como um facilitador na aquisição de créditos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “As indústrias deram uma retraída após fevereiro, março, mas isso também é influenciado pelo desconhecimento do empresário em buscar o BRDE”, avalia o gerente de Operações para o estado do Paraná e Mato Grosso do Sul do banco, Paulo Cesar Starke Junior.

Caso a meta de financiamento de R$ 1 bilhão no Paraná seja atingida até o fim do ano, serão R$ 150 milhões a mais aplicados, em relação ao ano passado, quando dos R$ 1,8 bilhão aplicados pelo BRDE no Sul do Brasil, R$ 850 milhões foram para o Paraná. No ano anterior, os números foram maiores: R$ 2,2 bilhões de financiamento para negócios em toda a região Sul durante 12 meses, sendo R$ 1,15 milhão para o Paraná.

Tradicionalmente, o setor agroindustrial é o que mais recorre aos financiamentos do BRDE no Estado, correspondendo a mais de 50% dos negócios no Paraná. A perspectiva de crescimento, no entanto, está no setor de geração de energia, como, por exemplo, na construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), tendo em vista a recente política governamental do Estado e os incentivos dados ao setor. “Temos pelo menos uma dezena de projetos em análise de PCHs, de investidores no Paraná e que podem ter até 80% do projeto financiado”, conta Starke Junior.

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Além do setor energético, outros que têm crescido e que devem incrementar os financiamentos são os supermercados, construção e expansão de hotéis no interior do Paraná. As taxas de financiamento do BRDE variam de 6,5% a 11,4% ao ano. “O prazo do financiamento depende do retorno do investimento”, comentou o gerente de operações do banco nesta quarta-feira (29), durante reunião com empresários do Estado, organizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças seccional Paraná (Ibef-PR).