Financiamentos da indústria e comércio recuam em janeiro

Os saldos de financiamentos da indústria e do comércio caíram em janeiro ante dezembro segundo divulgação feita nesta terça-feira pelo Banco Central. No comércio, a queda foi de 2,2% no mês passado e, na indústria, de 1,5%. De acordo com o diretor do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, essa diminuição pode retratar o arrefecimento dos setores depois das festas de final de ano.

No primeiro mês de 2013, o total em empréstimos para o comércio somava R$ 222,461 bilhões. No trimestre encerrado em janeiro, ainda é vista uma alta de 1,7% e, em 12 meses, de 8,8%. No caso da indústria, o saldo era de R$ 455,328 bilhões no primeiro mês do ano, levando o resultado do trimestre a uma elevação de 0,9% e o do acumulado em 12 meses de 10,5%.

Nas demais áreas do setor privado, houve alta do saldo de crédito em janeiro ante dezembro. No segmento imobiliário, a elevação foi de 2,1%, para R$ 304,519 bilhões. No rural, o avanço foi de 0,5%, para R$ 168,406 bilhões e, para pessoas físicas, de 0,8%, para R$ 714,069 bilhões. Apenas “outros serviços” registraram queda, de 0,3%, nessa base de comparação, somando R$ 382,614 bilhões em janeiro. Com isso, o resultado do mês ficou estável, com R$ 2,247 trilhões nas mãos do setor privado.

No setor público, o saldo é de R$ 119,633 bilhões, o que representa uma elevação de 0,6% em janeiro ante dezembro. Nos Estados e municípios, houve elevação de 2,4% no primeiro mês do ano, para um total de R$ 56,921 bilhões, e, no caso da União, houve uma queda de 0,9% nessa mesma base de comparação, para R$ 62,712 bilhões.

No acumulado de 12 meses, porém, o crescimento do estoque de financiamento da União foi de 51,4% e o dos Estados e Municípios, de 41,5%. Com isso, o saldo do setor público no período apresentou uma alta de 46,5%.

Já no setor privado, a elevação foi de 15,2%, com destaque para o segmento imobiliário (34,0%), “outros serviços” (20,3%) e área rural (18,7%). Juntos, setores público e privado alcançaram um crescimento de 16,4% do saldo no acumulado de 12 meses até janeiro, com um total de R$ 2,367 trilhões.

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