Os aportes de recursos nos bancos públicos levou a um aumento de 8,9 ponto porcentual da dívida bruta do governo geral entre 2006 a 2013. Esses aportes, que não entram no cálculo da dívida líquida, impactam na “veia” a dívida bruta. Os dados constam em box incluído no relatório trimestral de inflação, divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira, 27. O aumento da dívida bruta brasileira tem sido foco de preocupação dos analistas econômicos.

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O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) revelou esta semana que o Brasil ultrapassou a Índia e passou a carregar o título de grande emergente com a maior dívida bruta. O BNDES e a Caixa Econômica Federal receberam os maiores aportes.

De acordo com o relatório do BC, o endividamento bruto das economias maduras cresceu, em especial após a crise de 2008. A relação entre dívida bruta e PIB aumentou 36,2 ponto porcentual, para 117,8%, nos membros do G-20 de dezembro de 2006 a abril de 2013. A dívida dos países membros da zona do euro subiu 24,2 p.p., para 92,9%. Consideradas as economias emergentes integrantes do G-20, a relação recuou 2,8 p.p., para33,7%. Mas no Brasil, aumentou 2,8 pontos porcentuais., para 59,2% no período.

Além dos financiamentos dos bancos oficiais, as aquisições de reservas internacionais pelo Brasil elevaram em 16,1 pontos porcentuais a dívida bruta brasileira. Por outro lado, depósitos compulsórios das instituições financeiras no Banco Central e transferências de resultados positivos do Banco Central (resultado cambial e resultado das demais operações financeiras, com previsão legal de utilização na amortização da dívida) contribuíram para reduzir o endividamento, respectivamente com -2,8 ponto porcentual e 10,3 pontos porcentuais.

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