A preocupação das famílias com sua situação financeira no momento atual e no futuro foi o que mais pesou na queda de 3,3% na confiança do consumidor em maio ante abril. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a deterioração recente na percepção das famílias sobre a economia como um todo já levou o índice ao menor patamar desde abril de 2009.
O indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação financeira pessoal recuou 3,8% em maio ante abril, ao passar para 105,1 pontos. Na mesma trajetória do indicador geral, este quesito chegou ao menor nível desde agosto de 2009 (104,9 pontos). A FGV apontou ainda que a proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 22,5% para 19,2%. Por outro lado, a fatia dos que a julgam ruim aumentou de 13,2% para 14,1%.
A preocupação dos consumidores com relação ao orçamento doméstico se estende aos próximos meses. O indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação financeira familiar futura caiu 3,4%, para 124,7 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2010 (124,0 pontos). Foi o quesito que mais influenciou a perda de confiança este mês. A parcela de consumidores projetando melhora caiu de 35,6% para 32,0%, enquanto a proporção dos que preveem piora subiu de 6,5% para 7,3%.