Fim do euro nos traria para década de 1950, diz Monti

O novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, prometeu hoje liderar um “governo de compromisso nacional”, que será baseado em três pilares: rigor fiscal, crescimento econômico e justiça social.

Em seu primeiro discurso no Senado, antes da Casa deliberar sobre um voto de confiança para o governo, ele alertou que alguns membros da União Europeia (UE) podem não querer ver uma Itália forte. Citando declarações recentes da chanceler alemã Angela Merkel, Monti disse que a Europa está atualmente “em seu momento mais difícil desde a Segunda Guerra Mundial”.

O premiê também afirmou que o fim do euro traria os países que utilizam a moeda comum “de volta para a década de 1950” e destruiria o projeto mais amplo da UE. Ele comentou que a crise tem sido exacerbada por uma “falta de governança” e disse que uma eventual solução teria de ser encontrada dentro da Europa.

Monti prometeu adotar medidas “em linha” com aquelas necessárias para lidar com o ceticismo sobre a habilidade da Itália de honrar sua dívida pública de 1,9 trilhão de euros. Segundo ele, a dívida terá de ser reduzida “gradualmente, mas duradouramente”, já que os esforços orçamentários adotados anteriormente foram em vão, pois não levaram a taxas de dívida pública permanentemente baixas.

O governo de Monti vai enfrentar um voto de confiança ainda hoje no Senado e amanhã na Câmara dos Deputados. Quase todos os legisladores já afirmaram que vão votar a favor do governo. As informações são da Dow Jones.

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