Fim da greve leva exportações a recorde

Foto: Arquivo/O Estado

Superávit nas exportações é recorde para uma semana.

Influenciada pelo fim da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, a balança comercial brasileira registrou na primeira semana de julho o maior volume de exportações semanal da história: US$ 3,561 bilhões. O superávit comercial, de US$ 1,693 bilhão, é o maior alcançado este ano numa única semana.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados ontem, a média diária das exportações na primeira semana do mês de julho, de US$ 712,2 milhões, também é recorde. As exportações no período apresentaram um crescimento de 35,2% em comparação com a média de julho de 2005, de US$ 526,8 milhões. Houve aumento nas vendas externas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+45,0%), básicos (35,5%) e manufaturados (31,4%).

Na categoria de produtos semimanufaturados, o aumento foi puxado pelas vendas de ligas de alumínio, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, catodos de níquel, açúcar em bruto, couros e peles e ferro-liga. Já a expansão das exportações de básicos refletiu maiores embarques de milho em grãos, petróleo em bruto, caulim e outras argilas, minério de ferro, soja em grão, fumo em folhas e carne bovina.

No grupo de produtos manufaturados, as maiores vendas foram de óxidos e hidróxidos de alumínio, álcool etílico, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplenagem, bombas e compressores, polímeros plásticos, laminados planos de ferro/aço motores e geradores, motores para veículos e autopeças. Em relação a junho deste ano, as exportações da primeira semana de julho apresentaram aumento de 30,8%.

De acordo com os dados do MDIC, as importações, pela média diária, tiveram na primeira semana deste mês um aumento de 29,5% sobre a média de julho de 2005 (US$ 288,5 milhões). Nesse período comparativo, aumentaram os gastos, principalmente de produtos siderúrgicos (107,7%), cobre (87,3%), combustíveis e lubrificantes (77,0%), farmacêuticos (74,1%), equipamentos mecânicos (23,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (21,7%), instrumentos de ótica (19,8%), plásticos (12,7%) e equipamentos elétricos e eletrônicos(12,4%).

Em relação a junho de 2005, as importações na primeira semana de julho de 2006 registraram expansão de 6,7%, puxadas por maiores compras de químicos orgânicos e inorgânicos (45,5%), adubos e fertilizantes (27,8%), siderúrgicos (20,7%), combustíveis e lubrificantes (18,1%) e instrumentos de ótica (5,6%).

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