O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira (05) que não vê como a eliminação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, que retiraria uma receita equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), ajudaria a economia brasileira. "Não vejo como atacar o equilíbrio fiscal vai ajudar a economia", disse.

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Segundo Bernardo, uma decisão desse tipo provocaria desequilíbrio fiscal, que foi o que permitiu que a relação dívida/PIB do País tivesse trajetória de queda, consolidando uma economia com baixa inflação e forte crescimento econômico. "Parece-me importante manter essa situação", disse o ministro, destacando que o avanço da arrecadação do governo federal tem ocorrido pela expansão da economia.

Ele criticou a medida do PSDB de fechar questão contra a CPMF. "Acho estranha a decisão, pois a CPMF é criação do PSDB", disse Bernardo, que ressaltou a necessidade de manter o diálogo com a oposição para ver se é possível reverter tal questão.

O ministro também rebateu a tese usada pelo PSDB para fechar decisão contra o tributo de que há uma gastança no governo federal. "Não se confirma a tese da gastança. O gasto com pessoal, por exemplo, está abaixo do que era em 2002 em proporção do PIB", argumentou.

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As declarações do ministro foram dadas um pouco antes de começar sua apresentação na comissão especial da Câmara para discutir e analisar a proposta de prorrogação da CPMF.