O diretor do Departamento de Economia e Pesquisas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, afirmou hoje que se sentirá muito frustrado se o Banco Central (BC) não cortar a taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa hoje e termina amanhã. Ele não quis se comprometer com porcentuais de redução da Selic, mas disse acreditar que o BC deve iniciar o processo de relaxamento monetário já neste fim de agosto, como consequência da elevação do superávit primário do governo federal em R$ 10 bilhões neste ano, anunciado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Vimos com bons olhos a iniciativa de elevar o superávit, especialmente porque veio com o objetivo de permitir a queda dos juros”, disse o diretor. “Ficarei muito frustrado se o Copom não anunciar amanhã um corte da Selic.”
De acordo com Francini, a taxa de juros tem sido um fator de grande atratividade de capital estrangeiro, o que tem elevado o câmbio e afetado a produção industrial do País.