Fiesp pede rapidez para melhorar a taxa de câmbio

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu rapidez do governo para a adoção de novas medidas para melhorar a taxa de câmbio para os exportadores. Para o dirigente, a indústria precisa de medidas compensatórias. Na sua avaliação, a primeira medida adotada – a taxação em 2% de IOF na entrada de capital externo no País – não foi suficiente. “Estamos cobrando. Espero que saiam rápido”, disse Skaf.

Segundo ele, entre as medidas que deveriam ser adotadas estão o pagamento dos créditos tributários aos exportadores e linhas adicionais de crédito aos exportadores com custo mais barato. “A situação está melhorando. Mas o câmbio é preocupante. A primeira medida do IOF não foi suficiente. Estamos pedindo medidas compensatórias”, disse ele.

“Que paguem os créditos aos exportadores. Queremos linhas de financiamento fartas para o exportadores e redução dos custos das linhas”, acrescentou ele. Para o dirigente, a oferta de linha aos exportadores está melhorando. Skaf participou hoje de almoço no Itamaraty oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Taxa de equilíbrio

Skaf afirmou que não é verdadeira a versão de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria feito ontem a avaliação de que a taxa de câmbio de equilíbrio ideal para o Brasil seria a de R$ 2,60 por dólar. “O ministro Guido Mantega não falou em R$ 2,60. Eu estava do lado dele. Ele falou que, de acordo com o Goldman Sachs… E ele disse ainda que não era a minha opinião”, relatou Skaf, referindo-se ao pronunciamento feito ontem pelo ministro da Fazenda na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

O empresário ressaltou sua opinião de que a taxa de equilíbrio “certamente não é R$ 1,70”, numa referência à cotação atual do dólar. No entender do presidente da Fiesp, o câmbio de equilíbrio é aquele que não tira a competitividade do Brasil. “Aquele que não encarece as nossas importações e não barateia as nossas exportações. Mas, certamente não é R$ 1,70”, afirmou.

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