Fiesp: medidas não reverterão debilidade da indústria

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, acredita que o governo federal pode adotar neste segundo semestre algumas medidas para ampliar a competitividade da indústria, mas não vê nessas ações potencial para reverter o quadro de debilidade com que o setor deve fechar o ano. “Acho que o primeiro semestre foi de acomodação para o novo governo e esse período já passou”, disse. “Agora, pode haver espaço para algumas medidas destinadas à indústria, mas não serão grandes mudanças.”

Segundo ele, além do programa de desenvolvimento da competitividade – que deve ser lançado em breve -, o governo pode voltar a tomar alguma ação mais firme para conter a valorização do real, caso a inflação dê uma folga. “O governo deu um tempo nisso justamente devido à inflação”, disse.

Ainda assim, Francini não acredita em uma reversão do quadro atual, que mostra desaceleração do ritmo de crescimento. Por isso, segundo ele, o nível de emprego da indústria paulista este ano deve apontar crescimento de cerca de 2,5%, muito perto do número de junho na comparação com igual mês de 2010, que foi de 2,63%. Já a produção industrial do País, segundo a Fiesp, deve ter um avanço aproximado de 2,7%.

Em junho, no cálculo com ajuste sazonal, o nível de emprego apresentou taxa negativa de 0,13% ante maio. Sem ajuste, a queda foi de 0,03% no período, o que significou um saldo negativo de 500 postos de trabalho. “Esses números podem ser considerados estabilidade”, analisou Francini.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo