Fiesp: indicador de atividade da indústria cai em junho ante maio

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu 1,3% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, a redução foi de 2,9%, informou nesta quinta-feira, 30, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na comparação de junho com o mesmo mês de 2014, na série sem ajuste sazonal, o indicador também caiu 2,9%. No acumulado do ano, o INA, sem ajuste, registra queda de 3,3%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 78,1% em junho ante os 79,5% de junho de 2014 e os 78,8% de maio deste ano, na série sem ajuste. Já na medição com ajuste, o Nuci do mês passado foi de 78% ante os 79,8% de junho de 2014 e os 78,6% de maio de 2015.

De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o cenário para a indústria de transformação continuará “desafiador” no segundo semestre tendo em vista o aumento dos custos e as incertezas do cenário macroeconômico. “O mais dramático é que ao se olhar nos vários campos – na estrutura econômica, política, jurídica – o que nos aguarda no futuro, percebe-se que vai piorar”, afirmou, em nota. “É um ano terrível”, completou.

A Fiesp informou ainda que o INA de maio foi revisado de 1,2% para 1%, na série com ajuste sazonal. Já na série sem ajuste, o indicador de maio foi revisado de alta de 2% para 3,1%.

Sensor

A confiança dos empresários industriais paulistas ficou em 47,6 pontos na pesquisa Sensor de julho, ante os 46,8 pontos na sondagem de junho, na série com ajuste, segundo a Fiesp. O indicador busca obter informações da atividade da indústria de transformação durante o mês corrente da coleta de dados. Na série sem ajuste, o indicador chegou aos 47 pontos em julho ante os 45,9 pontos de junho. Apesar da alta do indicador, ele continuou abaixo dos 50,0 pontos, sinalizando queda da atividade industrial para o mês.

De acordo com a Fiesp, dos cinco itens que compõem o Sensor, um apresentou alta em relação à sondagem anterior, um teve queda e três ficaram estáveis e um caiu. A alta foi registrada em Estoque, que avançou de 41,8 pontos em junho para 48,0 pontos em julho. A situação de continua em nível de sobrestoque, que, segundo o levantamento, é representada por leituras inferiores a 50,0 pontos.

O item Vendas foi o que registrou resultado negativo, ao cair de 50,7 pontos em junho para 48,6 em julho. Já os indicadores de Mercado (48,3 pontos), Emprego (48,5) e Investimento (47,3 pontos) ficaram estáveis.

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